A Construção Social da Realidade







A realidade social é uma construção histórica, cultural, não é algo inato, o existente é uma construção, a realidade nos aparece como fruto do divino, ou pela lei da natureza, e não pela atividade humana que resulta das próprias ações humanas. São coisas, fatos da ação humana. Do ponto de vista do senso comum, se tem como objeto o de negar a ação humana como fruto de algo que é construído, de coisa que é construída. O discurso ideológico das classes dominantes, trata de converter o caráter de coisa construída, como algo natural e divino, apenas, e não humana e histórica, mas na representação e no discurso ideológico tem a forma de algo universal, absoluto, natural e não humano.
As construções sociais, tem um caráter epistemológico importante que é que toda a realidade é modificada, assim as convenções são desfeitas há todos os instantes, por serem fruto da construção humana, e não natural, ou biológica. Pois a realidade existente, assim como é construída por nós, é também por nós modificada. Efeito político epistemológico importante. Pelo fato do senso comum muitas vezes apresentar a realidade como algo imutável, irreversível. Essa é uma visão ideológica oposta que gera, conformismo, apátia e comodismos com modelos de sociedades que são impostas, fruto de convenções. Sendo assim as ideologias apresentam a realidade como algo necessário, universal, irreversível (repito).
Tudo aquilo que nos é apresentado nas mais diversas sociedades, é o que nos é colocado como único, como universal, dado, absoluto; sendo assim o eixo do real parece não existir, no entanto existem muitas outras possibilidades e aquilo que aparece como recorte do real, acaba não existindo para o individuo, este recorte é tido como o único existente e possível. Todos os vestígios e os sujeitos tomam a sua realidade como universal, absoluta e única e que esta realidade é imodificada, universal e única e não atentam para o fato que são convenções sociais como a própria questão de gênero.
Todavia, existem muitas verdades no eixo da realidade, e que pela ação humana pode ser constituir outras realidade, pois há arranjos infinitos de possibilidades possíveis, já que a realidade é limitada de muitas outras que podem vim a existir. O que rivaliza com a biolização do social, a tentativa de se voltar as velhas teses de natureza humana dada, comportamentos sociais e morais, fisiológicos e genéticos, tentando apresentar o que é fabricação social (SOMOS) produção social histórica, somos seres biológicos mas seres culturais e históricos. Já que o ser humano é o único animal desesperadamente dependente da cultura, fora da cultura nós somos absolutamente nada, senso comum social, cria as suas convenções sociais por diversos motivos, as colocado como fruto do inato, do divino e do necessário; a vida é fruto e objeto da construção, junções morais e sociais que produzem em muitos momentos opressão, dominação, sofrimento, sofrimento emocional, e assim o indivíduo adoece seja de forma psíquico, física e etc. 
No entanto as convenções sociais podem sofrer modificações, e devem sofrer resistência, é necessário reconstruir e refundar a vida, a busca por conhecer partes do real é fundamental já que esta não se apresenta apenas no plano da linguagem e do plano mental, do plano das representações (ideias) mas também de um caráter materialista, a realidade pode ser percebida, conhecida, nomeada na linguagem, pois existi uma realidade material, da ação e que pode ser modificada que pode ser conhecida, isso que existi, existi pela ação humana, pela práxis, humana, não existi por se, não de uma natureza da segunda natureza, mas da realidade humana sócio-histórica, é importante compreender ainda que o discurso a linguagem funda a realidade.

Referências:

BERGER,Peter L. LUCKMAN,Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis, Vozes, 1985.

    Bourdieu, Pierre. O poder simbólico. RJ 3ºed. Bertrand Brasil, 2000.

    DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo, Martin Claret,
2007.




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