08 de março dia internacional da mulher

 


O dia 08 de março conhecido como o dia internacional da mulher, com toda certeza foi e é fruto do possível e não apenas do provável de um momento histórico de agora e de autrora. Na medida que o possível é aquilo que criamos através da labuta da luta na práxis, ação política por reconhecimento, autonomia e liberdade de maneira que a lembrança desta data que é tão significativa, não é representativa apenas para as mulheres mas para a história da humanidade.

No fatídico dia da morte das operárias, em uma  fábrica em Nova Iorque, quando lutaram pelo o que lhes era de direito como redução da carga horária que era de 16 horas, equiparação de salários com os homens por executarem a mesma função, foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada, de modo que cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas de uma maneira extremante desumana, logo a menção desta data como o dia internacional da mulher, venhe a existência graças ao agir destas, e não ao surgimento aleatório do acaso como um fato milagroso e , sim, como a consciência simultânea das circunstâncias existentes, do agora que, suscitadas por tais circunstâncias nos permitem ultrapassá-las em uma revolução de igualdade de gênero para hoje para agora, modificando assim a realidade que nos é imposta.   

Logo, passamos a entender que a emancipação feminina não se encontra na ilusão do tudo posso nem no conformismo do nada posso, mas no encontra-se na disposição de interpretar o momento histórico de saber que a hora é agora de lutar por respeito, por direito ao seu próprio corpo de amar e caminhar junto com quem quer que seja e quando quiser, e assim decifrar os vetores do campo presente como possibilidade objetiva, isto é, como abertura de novas direções de novas e velhas batalhas mas também de novas conquistas, novos sentidos a partir do que está dado.

A luta das mulheres no 08 de março e em todos os outros dias do ano surge e se renova em um processo dinâmico de capacidades para darmos um sentido de renovação e até mesmo de coisa nova ao que em muitos momentos pareceu como inato, natural e imutável modificando o status quo em outras realidades possíveis, apontando estradas e caminhos mais justo para as mulheres.

Prof.: Paulo Lima


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