Por um mundo com menos escolas sem partido e mais diversidade por menos neutralidade e mais pluralismo.
Nos últimos meses me parece que
algumas questões que conversamos a respeito é o mesmo que andar em círculos,
parece não se ter o entendimento do que está sendo dito por várias e várias
vezes. Vejo que existe uma confusão enorme sobre determinados conceitos. Ao
próprio conceito de diretos humanos foi desvirtuado é um antagonismo sem fim
onde conceder um direito a grupos que de maneira histórica sempre foram
deixados a margem passou a ser a concepção errada da história.
A declaração universal dos
direitos do homem é uma criação do liberalismo econômico com os contratualistas;
Montesquieu o responsável pela divisão dos três poderes em seus escritos em
especial o espírito das leis, Voltaire “posso não concordar com nenhuma palavra
que você disse mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”, Jean
Jacques Rousseau denunciou a injustiça e a desigualdade, afirmando que “os
homens devem a justiça e a liberdade somente às leis”. Evidentemente, essa
definição somente é válida se a lei é a expressão da vontade geral; além disso,
um governo somente é legítimo na medida em que serve ao bem comum.
Com grande influência do John
Locke, Thomas Jefferson em 1776, proclamou: Sustentamos, como verdadeiras
evidências, que todos os homens nascem iguais, que estão dotados pelo seu
Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais se encontra o direito à
vida, à liberdade e à busca da felicidade…”
Os direitos humanos é reafirmado, pós segunda
grande guerra e na constituição cidadã no processo redemocratização do país.
Fiz essas citações pra mostrar
que existir sim uma confusão conceitual, já que é a ideia do direito que é algo
inerente ao indivíduo passa a ser criticado. Sobre a prática docente nem se
fala, como professor me sinto sim ofendido quando se fala em doutrinação na
medida que trabalhamos com ciência com uma formação técnica, ética e moral com
o pluralismo.
Por conseguinte, não é possível
falar sobre a formação social do Brasil ou fazendo um recorte e falar apenas
sobre família sem contextualização sem os fatos históricos as suas relações
políticas e econômicas é preciso se fazer contextualizações para um
entendimento melhor e a meu ver isso não é doutrinação.
Tanto na filosofia como na sociologia disciplinas
onde o a ideologia é estudada, vamos chegar ao entendimento que a ideologia é
um sistema de idéias e que este vem bem antes da escola, pois está em todos os
lugares como na igreja na família na mídia na sociedade como um todo a
ideologia é um sistema fechado algo dogmático.
Portanto, a forma que o projeto “escola
sem partido” tem tratado os professores é de um total desrespeito para com os
professores deste país com imposição, coerção, coação a incitar alunos a gravar
os docentes sem autorização prévia é um total desacato com fortes tons de perseguição e isso é
doutrinação porque é ideológico.
Logo o debate deixou de ser por
uma escola plural e passou a ser sim um debate ideológico, em vez de
neutralidade o que se deve buscar é o pluralismo de idéias e opiniões o que
incentiva a reflexão a Problematização e a construção de uma sociedade crítica.
Deste modo, se toda essa contextualização que é feita hoje a quem isso
interessa se por ventura deixar de ser feita? Ao bebemos de autores que nem
precisa ser os ditos da esquerda só se alguém resolver chamar o Locke ou o
Montesquieu de esquerdopatas quando o conceito ainda nem existia e perguntamos
a eles qual o motivo de tantas falhas nos três poderes? Porque a nossa
constituição que é tida como uma das mais avançadas do mundo não consegue se
efetivar? E o que poderemos fazer para melhorar a nossa sociedade o nosso mundo
quais respostas nós teremos a quem o silêncio e a recusa dos fatos históricos
interessa?
Por conseguinte, nas escolas
trabalhamos com teoria com ciência, ou seja, é algo aberto no sentido da
construção e da desconstrução constante no sentido de instigar de provocar o
pensamento e isso nem de longe é doutrinação.
Referências
bibliográficas
- DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Editora Moderna, 1999.
- PINSKY, Jaime & PINSKY, Carla Bassanezi (Orgs.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.
- https://imagohistoria.blogspot.com/2010/03/iluminismo-2-de-2.html
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