A Atual Fé Neonazista dos Evangélicos





É interessante perceber, a atual polarização política no país e neste contexto outro dado que chama bastante atenção é adesão cristã evangélica por candidatos de extrema direita. Quando uso esse conceito me refiro a um forte discurso nacionalista, contra as minorias com um forte teor neonazista contra os afrodescendentes, índios, apologia a tortura a militarização o uso de armas de fogo, misoginia a repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres e falas como bandido bom é bandido morto.  Dentro desta perspectiva, me parece ter uma confusão conceitual, onde muitos dos evangélicos, desconhecem o seu próprio Deus, as ações de Jesus curando as dores e feridas existenciais de uma prostituta tendo um demorado diálogo com ela, ir a casa de Zaqueu cobrador de impostos que extorquia os hebreus, curar a filha do opressor o cinturão o celebre versículo dos evangelhos que é necessário amar o próximo como a se mesmo e o que dizer do perdão dos pecados daquele malfeitor no ato da crucificação, todas essas ações em nada tem haver com as características fascistas citadas acima.
Jesus sempre estava onde um líder segundo o legalismo da época não poderia está, curando leprosos na casa de cobradores de impostos, logo ele aglutinou os pobres, doentes e marginalizados em um momento que o povo de Israel era subjugado pelo Imperialismo Romano.
As distorções bíblicas e heresias, ditas em púlpito das igrejas evangélicas hoje é muito comum, diversos líderes como o Silas Malafaia, se autor denomina representante dos interesses e da vontade política do povo evangélico e já se declarou por mais de uma vez como forte cabo eleitoral dos banqueiros e empresários que freqüentam a sua igreja e se for para se manter no poder e glorificar a Deus vale tudo, até mesmo apoiar candidatos com um forte discurso fascista que em nada dialoga com os ensinamentos de Cristo, não é à toa que hoje se tem uma bancada cristã constituídos  por evangélicos de denominações diversas que nos mais diversos bairros do país elas não dialogam a ter porque o mercado dos fiéis não permiti mas na bancada da câmara dos deputados federais são bem alinhados com o discurso sempre pronto de proteger as famílias me pergunto sobre as famílias de quem eles estão falando.
Geralmente esses parlamentares são bem de vida e ganham as eleições com os votos dos irmãos das igrejas grandes e pequenas dos interiores do país, muito desses fiéis que votam no irmão, tem necessidade de tudo nos seus lares, no entanto esses parlamentares que muitas vezes tem suas fazendas e empresas se posicionam quase que por unanimidade na reforma trabalhista, são favores a reforma da previdência de privatizações, vetam projetos que se não for de total interesse das suas denominações como se só legislasse para um único grupo específico, por estas e outras me pergunto os deputados que estão ligados a estas instituições, estão preocupados com a família de quem de fato?  
 Felizmente nem todos agem dessa forma, apesar disso uma parcela considerável dos atuais protestantes, tem um posicionamento no mínimo extremado muitos líderes são contra que seus fiéis estudem como se vivêssemos em plena idade média, o que ajuda no controle e no processo de alienação e dominação mas os filhos das lideranças estudam nas melhores escolas e escolhem em qual faculdade eles iram estudar. São contra a prática política de modo que o mundo pode explodir, no entanto não há problema para com isso já que todos estão destinados ao céu criam bolhas dentro das quatro paredes das instituições. Tudo isso é bem diferente de Cristo Jesus que exercitava o pensamento e a reflexão através das metáforas ele tomou partido dos pobres e necessitados um movimento tão ameaçador aos religiosos e políticos do período que fez com que ele fosse procurado, preso, torturado e executado por crimes de sedição (organização de rebeliões, incitamento das massas), o único crime pelo qual alguém poderia ser crucificado sob a lei romana nomes como do Pastor Martin Luther King como o maior ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos de todos os tempos, Francis Collins cristão assumido foi diretor do projeto genoma e defendia a clonagem humana terapêutica, Jimmy Carter batista, político,  um verdadeiro diplomata, lutou pelos direitos humanos, William Lane Craig filósofo que construiu argumentos sobre a cosmologia em favor da existência de Deus.  John Harvard foi um pastor congregacional calvinista inglês e que foi viver nas colônias americanas em Massachesetts, tendo feito uma importante doação à insituição que hoje tem o seu nome: a universidade de Harvard. Homens como estes, estão cada vez mais escassos e o que dizer do Martinho Lutero, porém muitos pensam que as ações da reforma protestante aconteceram com beijos e abraços, não foi bem assim, foi um ato político cheio de sangue, mortes e traições. Destarte, todos os citados se posicionaram pelas minorias, pelos mais necessitados o poder pelo poder não era a tônica, mas espaços de sociabilidade que agregasse a todos de maneira independentemente a etnia ou a posição social e por isto eles lutaram e se eternizaram. A formação socio histórica do Brasil traz dados como este que saiu no Estadão 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, é um dos motivos que podem explicar uma grave interpretação conceitual entre o que séria fascismo, nazismo, direita, centro, extrema direita, comunismo, esquerda, temos hoje no Brasil um índice enorme de analfabetos funcionais são aqueles que sabem escrever o próprio nome e também sabem ler, porém tem uma séria dificuldade de interpretar um texto com cinco linhas. E para a conveniência de alguns o que é mais grave a total descaracterização dos princípios cristãos de modo que esse engenhoso e complexo momento faz com que os indivíduos se descaracterizam e não aceitam a sua própria identidade sua representatividade como um cristão de fato já que ele realmente não sabe o que é isso não se ver como um afrodescendente que possivelmente tem sangue indígena nas suas veias e que na sua maioria faz parte da classe trabalhadora do pais, infelizmente em nome de Deus como aconteceu nas cruzadas na idade média, na reforma protestante o preconceito a não aceitação do outro por ser diferente a morte e o assassinato com a frase já citada “bandido bom é bandido morto”, é justificado. Apesar disso eu ainda acredito, acredito na teologia da libertação, acredito nos que tomam partido nos que conseguem ouvir e se indignar contra qualquer tipo de discriminação e preconceito eu acredito em ações como as do papa Francisco que nunca se esquiva de temas polêmicos e frases pontuais como “Deus não pertence a nenhum povo” , o Bispo Myriel ou Monsenhor Bienvenu, concedeu ao Jean Valjean esperança e virtude a quem nunca obteve ajuda alguma e isso mudou a vida dele e de muitos, descrito de forma brilhante pelo Victor Hugo no livro “Os miseráveis” em um cristianismo em que não há uma luta do poder pelo poder unicamente mas suas ações estão pautadas na coletividade em mudar vidas sem prenoções, estereótipos e preconceitos e que em nada tem haver com este neo cristianismo fascista que está se apresentando como a salvação da nação.

 Referências: 

https://www.cartacapital.com.br/sociedade/afinal-quem-sao-201cos-evangelicos201d2053.html 

http://cultura.estadao.com.br/blogs/babel-pesquisa/44-populacao-brasileira-nao-le-e-30-nunca-comprou-um-livro-aponta-pesquisa-retratos-da-leitura/                                                                 

HUGO, Victor. Os miseráveis. São Paulo, FTD, 2001.


Comentários

  1. Excelente texto, isso mesmo. Valores invertidos, cristão carnificina, sem amor e com muito osio.

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