O Trabalho Infantil no Brasil Uma Triste Realidade
O trabalho infantil é mais visto especialmente nos países
subdesenvolvidos, assim como o Brasil, onde é avaliado como um crime, mas que
infelizmente e dificilmente esta espécie de crime leva a punição necessária.
Nas regiões menos favorecidas este tipo de crime ocorre com uma maior
freqüência, um dos porquês dessa fatalidade possivelmente é o fato de que as
crianças já precisem ajudar os seus pais com as despesas da casa desde
pequenos. Muitas vezes, hoje em dia, nós já nos deparamos com estes tipos de
trabalhos nas grandes metrópoles como em Natal, São Paulo e no
Rio de Janeiro as crianças que arriscam suas vidas nas em avenidas muito
movimentadas vendendo balas ou outros objetos de valor para conseguirem algum
dinheiro, quando deveriam estar estudando e brincando, mas os pais não têm
condições suficientes para que os filhos permaneçam no colégio,
então acabam colaborando
involuntariamente para que o trabalho infantil exista.
Já outro fator contribuinte para a existência do mesmo é a
exploração deste trabalho, ou seja, trabalhos ligados, por exemplo: A
prostituição, o tráfico e ainda outro bem pior, a escravidão destas crianças.
Portanto atualmente sabemos que ainda existe sim o trabalho em relação ao
menor, apenas é permitido o trabalho no caso da criança ser o principiante, ou
seja, o aprendiz e que também não atrapalhe os estudos da criança, pois como
dito anteriormente lugar de criança é na escola para aprender e não trabalhando
como uma pessoa adulta.
Perfil do trabalho infantil no Brasil:
Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é
predominantemente na área agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em
granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. Só no Nordeste, 46,5%
aparecem trabalhando em fazendas e sítios.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são
proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14, mas
não é o que vemos na televisão, por exemplo.A sociedade diz achar um absurdo
ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias,
quebrando pedras, deixando seqüelas nessas vítimas indefesas, mas costuma
aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas,
apresentações e comerciais.
A UNICEF (Fundos das Nações Unidas para a Infância)
declarou no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil (12 de junho), referindo-se
com base em estimativas que o tráfico de Seres humanos começa a aproximar-se do
tráfico ilícito de armas e drogas, que os esforços para acabar com o trabalho
infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o
tráfico de crianças e mulheres no interior dos países e entre fronteiras, a
UNICEF disse/referiu com base em estimativas que o tráfico de Seres humanos
começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e drogas.
Longe de casa ou num país estrangeiro, as crianças
traficadas – desorientadas, sem documentos e excluídas de um ambiente que as
proteja minimamente – podem ser obrigadas a entrar na prostituição, na servidão
doméstica, no casamento precoce e contra a sua vontade, ou em trabalhos
perigosos. Embora não haja dados precisos sobre o tráfico de crianças,
estima-se que haverá cerca de 1.2 milhões de crianças traficadas por ano.
Com a Revolução Industrial do século XVII e a consequente
maquinização das indústrias, menos ‘’força’’ era necessária para a execução do
ato de produção. Dessa forma, uma máquina que necessitava de uma força de, por
exemplo, 40 kg para ser operada agora precisava apenas de uma força de 10kg,
isso abriu portas para o trabalho infantil, devido aos salários mais altos
cobrados pelos homens que exerciam a maior força. A problemática desse fato,
segundo Marx, era que o salário abaixa para a criança que executa o trabalho e
dessa maneira, abaixa também para a família.
Nos dias atuais o trabalho infantil ainda existe, a uma
maneira semelhante a idealizada por Marx, as crianças entram no mercado de
trabalho para ajudar financeiramente a família necessitada. O problema é que
dessa maneira a evolução econômica de tal família não acontecerá, pois os
salários baixos e sem chance de melhora serão sempre os mesmos, e assim gera-se
um ciclo vicioso de pobreza, onde os próximos descendentes ainda terão de
trabalhar por sustento e assim por diante.
O ponto discutido é que se a educação pública fosse
realmente estimulada e de qualidade, isso quebraria as barreiras da necessidade
do trabalho infantil, uma vez que a longo prazo jovens se formariam e teriam
salários muito melhores e maiores que aqueles que conseguiriam com o mesmo tempo
de trabalho sem especialização faculdade e etc.
As adversidades culturais: "No Brasil temos uma
cultura que não reconhece a existência da infância, e esse é um detalhe
importante". A infância, enquanto "realidade sociológica",
passou a existir no país apenas nos últimos 70, 80 anos. "Estamos, ao
mesmo tempo, constituindo a infância e tentando criar mecanismos de controle da
vitalidade dessa infância para que ela exista efetivamente".
Pode-se então observar que, para Marx a grande problemática
se dava na renda familiar ficar cada vez mais baixa devido ao trabalho
infantil, porem, na atualidade o real problema gerado pelo trabalho infantil é
mais trabalho infantil no futuro, voltando ao assunto já citado no texto, o
trabalho infantil só leva a mais pobreza, e mesmo com os problemas existentes
na fiscalização do mesmo, a solução ideal seria a educação, para um futuro mais
prospero e desenvolvimento da sociedade e do cidadão.
Possíveis soluções para erradicar o trabalho infantil:
Comecemos pela definição de criança, talvez nos ajude: Criança = ser humano de
pouca idade. Como se pode verificar, as crianças não deixam de ser seres
humanos e como seres humanos que têm direitos, mas esses mesmos direitos não
são devidamente respeitados!
* O acesso de todas as
crianças à educação básica, e atividades socioculturais.
* A denúncia de todas as
formas e situações de exploração de crianças;
* A promoção de ações de
sensibilização/informação;
* Celebrar o dia Mundial
contra o trabalho infantil (12 de Junho)
* O diálogo intercultural;
Autor: Paulo Lima, Licenciado e Bacharel em Ciências Sociais, Pesquisador nas áreas de Sociologia da Educação e Direitos Humanos.
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